Você é professor, ou está professor?
Por Lidia Maria Kroth
Até que ponto estará o professor realmente
consciente do seu papel, dos seus direitos, deveres, responsabilidades e
atividades inerentes à função?
A consciência de si, e da realidade concreta que o
cerca, o conhecimento de seu papel frente a esta realidade, vão dar validade e
significação à história do homem. No entanto, o homem nasce dentro de um mundo
já interpretado e criado. Este fato propicia uma certa alienação e
despreocupação com a análise e reflexão deste mundo.
Segundo Heloisa Lück (1982), “o homem se torna acrítico, mais
receptor que transmissor, mais paciente que agente. É necessário interferir
neste contexto. Sendo assim, cabe à educação estimular e promover a formação da
consciência, ou seja, estabelecimento de identidade pessoal do homem e compreensão
de seu relacionamento com o mundo. Este processo não pode ser considerado
acabado e sim entendido como dinâmico e um constante “dever ser”. Deve
despojar-se de preconceitos e subjetividade. “
A autora cita alguns elementos que interferem na
formação da consciência:
- intencionalidade – predisposição do individuo de
compreender, interpretar e explicar os fatos;
- capacidade perceptiva – quanto mais adequada e
objetiva for a capacidade de percepção, maior será a correspondência da
consciência com o fato real;
- operações mentais – determinam a superioridade,
flexibilidade e nível de conscientização;
- historicidade e temporalidade – estabelecem o
espírito da consciência e do ato consciente;
- julgamento moral – os valores formam parte
primordial da consciência que a pessoa elabora de si e do seu mundo.
Mosquera (1978) afirma que “a vida autentica inicia
quando nos negamos a permanecer na alienação e na desumanização e caminhamos
rumo a uma vida consciente, autêntica e mais humana. O processo educativo deve
ter como função primordial à formação da consciência do indivíduo, entendida
como conscientização do homem enquanto homem e não orientado por uma ideologia
política. Não se trata de doutrinação, mas sim ensinar a pensar e não, o que
pensar. Deve possibilitar ao homem aumento de sua capacidade e liberdade de
escolha.”
Conforme as citações acima, o homem tendo uma maior
consciência de si torna-se um ser crítico, atuante e transformador do mundo que
o cerca sendo importante a observação de tudo o que esta ao ser redor.
O sentimento de identidade do homem inicia quando
ele concebe o mundo exterior como coisa separada e independente dele, quando
começa a tomar consciência de si mesmo, como sujeito de suas ações, quando é
capaz de dizer, EU SOU.
Na medida em que houver maior coerência entre os
valores pessoais e expectativas sociais, a identidade profissional é mais
consciente. Neste sentido, quanto mais clara e precisa a definição das metas da
profissão, mais objetivo e definido será o desempenho deste profissional.
O posicionamento do professor deve incluir uma
ética profissional, debatendo questões práticas, capazes de suscitar-lhe
operações de pensamento que o desafiam e levam à reflexão e à pesquisa em busca
de uma autêntica identidade apoiada em valores significativos.
Diversas experiências auxiliam no levantamento
desta hipótese e acredita-se que o espaço existe, basta que os profissionais se
disponham realmente. Cabe enfatizar que o desempenho do papel do educador faz
com que sua proposta seja, efetivamente, na educação.
Em toda a ação do professor é necessária uma
reflexão contínua sobre a realidade que o cerca, possibilitando-lhe um
posicionamento profissional mais adequado. Ter sempre presente em suas
atividades os princípios que servem de suporte ao processo de orientação,
levando-o a uma ação mais consistente e coerente.
Se a escola é uma instituição que tem por
finalidade ensinar bem à totalidade dos alunos que a procuram, têm por função
fundamental mobilizar os diferentes saberes dos mesmos.
Partindo da condição comum de educadores, cada um desempenha
tarefas específicas, capacitado pela habilitação específica, cujo sentido é
dado pelos fins comuns.
A investigação sobre a realidade vivencial do aluno
e sua percepção desta realidade deve ser o ponto de partida e o fio condutor do
processo pedagógico.
O professor através da investigação sobre a
realidade, percebe que no processo de ensino-aprendizagem estão em jogo
inúmeras relações, compreende que as relações na escola não são um fim em si
mesmas, mas meio para que o aluno aprenda e amplie o seu conhecimento sobre
“relações de ajuda”, passando a trabalhar as diferentes relações, que podem
influir para que o aluno aprenda.
O desenvolvimento de uma concepção crítica de educação comprometida com a
realidade social e com sua transformação não prescinde do planejamento.
Planejar envolve, em sua base, compreender a realidade em todos os seus
desdobramentos, tanto de tempo, quanto de espaço.
É importante, ter em mente, que de nada valem as
boas idéias, se não vierem a revestir ações que as ponham em prática.
Publicado em 04/09/2007
Lidia Maria Kroth - Pedagoga Orientadora
EducacionalEscola Estadual de Ensino Fundamental Paraíba - POA - RS;
Orientadora Educacional Escola Estadual de Ensino Fundamental Tancredo Neves
POA - RS;Professora de 2 série do Ensino Fundamental.
Fonte:http://www.psicopedagogia.com.br
Você é professor, ou está professor?
Por Lidia Maria Kroth
Até que ponto estará o professor realmente
consciente do seu papel, dos seus direitos, deveres, responsabilidades e
atividades inerentes à função?
A consciência de si, e da realidade concreta que o
cerca, o conhecimento de seu papel frente a esta realidade, vão dar validade e
significação à história do homem. No entanto, o homem nasce dentro de um mundo
já interpretado e criado. Este fato propicia uma certa alienação e
despreocupação com a análise e reflexão deste mundo.
Segundo Heloisa Lück (1982), “o homem se torna acrítico, mais
receptor que transmissor, mais paciente que agente. É necessário interferir
neste contexto. Sendo assim, cabe à educação estimular e promover a formação da
consciência, ou seja, estabelecimento de identidade pessoal do homem e compreensão
de seu relacionamento com o mundo. Este processo não pode ser considerado
acabado e sim entendido como dinâmico e um constante “dever ser”. Deve
despojar-se de preconceitos e subjetividade. “
A autora cita alguns elementos que interferem na
formação da consciência:
- intencionalidade – predisposição do individuo de
compreender, interpretar e explicar os fatos;
- capacidade perceptiva – quanto mais adequada e
objetiva for a capacidade de percepção, maior será a correspondência da
consciência com o fato real;
- operações mentais – determinam a superioridade,
flexibilidade e nível de conscientização;
- historicidade e temporalidade – estabelecem o
espírito da consciência e do ato consciente;
- julgamento moral – os valores formam parte
primordial da consciência que a pessoa elabora de si e do seu mundo.
Mosquera (1978) afirma que “a vida autentica inicia
quando nos negamos a permanecer na alienação e na desumanização e caminhamos
rumo a uma vida consciente, autêntica e mais humana. O processo educativo deve
ter como função primordial à formação da consciência do indivíduo, entendida
como conscientização do homem enquanto homem e não orientado por uma ideologia
política. Não se trata de doutrinação, mas sim ensinar a pensar e não, o que
pensar. Deve possibilitar ao homem aumento de sua capacidade e liberdade de
escolha.”
Conforme as citações acima, o homem tendo uma maior
consciência de si torna-se um ser crítico, atuante e transformador do mundo que
o cerca sendo importante a observação de tudo o que esta ao ser redor.
O sentimento de identidade do homem inicia quando
ele concebe o mundo exterior como coisa separada e independente dele, quando
começa a tomar consciência de si mesmo, como sujeito de suas ações, quando é
capaz de dizer, EU SOU.
Na medida em que houver maior coerência entre os
valores pessoais e expectativas sociais, a identidade profissional é mais
consciente. Neste sentido, quanto mais clara e precisa a definição das metas da
profissão, mais objetivo e definido será o desempenho deste profissional.
O posicionamento do professor deve incluir uma
ética profissional, debatendo questões práticas, capazes de suscitar-lhe
operações de pensamento que o desafiam e levam à reflexão e à pesquisa em busca
de uma autêntica identidade apoiada em valores significativos.
Diversas experiências auxiliam no levantamento
desta hipótese e acredita-se que o espaço existe, basta que os profissionais se
disponham realmente. Cabe enfatizar que o desempenho do papel do educador faz
com que sua proposta seja, efetivamente, na educação.
Em toda a ação do professor é necessária uma
reflexão contínua sobre a realidade que o cerca, possibilitando-lhe um
posicionamento profissional mais adequado. Ter sempre presente em suas
atividades os princípios que servem de suporte ao processo de orientação,
levando-o a uma ação mais consistente e coerente.
Se a escola é uma instituição que tem por
finalidade ensinar bem à totalidade dos alunos que a procuram, têm por função
fundamental mobilizar os diferentes saberes dos mesmos.
Partindo da condição comum de educadores, cada um desempenha
tarefas específicas, capacitado pela habilitação específica, cujo sentido é
dado pelos fins comuns.
A investigação sobre a realidade vivencial do aluno
e sua percepção desta realidade deve ser o ponto de partida e o fio condutor do
processo pedagógico.
O professor através da investigação sobre a
realidade, percebe que no processo de ensino-aprendizagem estão em jogo
inúmeras relações, compreende que as relações na escola não são um fim em si
mesmas, mas meio para que o aluno aprenda e amplie o seu conhecimento sobre
“relações de ajuda”, passando a trabalhar as diferentes relações, que podem
influir para que o aluno aprenda.
O desenvolvimento de uma concepção crítica de educação comprometida com a
realidade social e com sua transformação não prescinde do planejamento.
Planejar envolve, em sua base, compreender a realidade em todos os seus
desdobramentos, tanto de tempo, quanto de espaço.
É importante, ter em mente, que de nada valem as
boas idéias, se não vierem a revestir ações que as ponham em prática.
Publicado em 04/09/2007
Lidia Maria Kroth - Pedagoga Orientadora
EducacionalEscola Estadual de Ensino Fundamental Paraíba - POA - RS;
Orientadora Educacional Escola Estadual de Ensino Fundamental Tancredo Neves
POA - RS;Professora de 2 série do Ensino Fundamental.
Fonte:http://www.psicopedagogia.com.br
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